quarta-feira, 21 de maio de 2008

Prestige " O mar Negro"


(foto retirada do site http://numero12.blogspot.com - autor não identificado)

Foi exactamente no dia 13 de Novembro de 2002 que começou a “desenhar-se” a maior catástrofe de sempre da Europa, eram 15h:15m quando cerca de cinco mil toneladas das 77 mil toneladas de Crude (fuel-oil) transportadas pelo petroleiro Prestige, se derramaram pela costa galega, era o começo de bem mais de 77 dias de desespero por parte de voluntários e serviços de limpezas do governo espanhol, cerca de 1137 praias foram poluídas pela maré negra.

O petroleiro desde sempre foi considerado o principal responsável do seu próprio afundamento, mas apesar de todas estas acusações nunca se conseguiu chegar a uma conclusão precisa, o navio construído em 1976 tinha um peso de cerca de 42 toneladas e podia navegar com 100 mil toneladas de petróleo.

A principal causa desta acusação surgiu pelo facto de o navio “fazer escala” como cisterna intermediária quando se encontrava em São Petersburg, que possivelmente lhe teriam provocado várias fendas ao longo do casco, o que posteriormente o levaria a afundar-se devido à sua sobrecarga, numa relação de qualidade (enquanto estrutura) – quantidade (enquanto carga que transportava).

Desde dia 13 a 18 de Novembro, as cerca de cinco mil toneladas foram-se aproximando da costa, até que no dia 19 por volta das oito da manhã, do mesmo mês o cargueiro parado ao largo da costa galega (a cerca de 250 km) se parte em dois, derramando a totalidade que carregara desde o inicio da sua paragem, era o começar de uma nova era para todos.

(foto retirada do site http://www.youngreporters.org - autor não identificado)

No dia 1 de Dezembro começaram as manifestações, apelidadas de “Nunca Mais” em Santiago de Compostela, com cerca de 200 mil pessoas, o principal objectivo do protesto passava por, para além da manifestação contra o sucedido na Galiza, um combate também à forma como o crude é transportado, sem qualquer tipo de inspecção por parte das entidades especializadas.

Este Impacto ambiental não atingiu apenas a costa galega, como também chegou à costa portuguesa e francesa, a catástrofe só viria a ser totalmente controlada no ano de 2004, quando se conseguiu recolher cerca de 90% do crude no fundo do mar, com a ajuda de máquinas construídas especialmente com o intuito de conseguir recolher o crude que ainda restava no fundo do mar.

A falta de segurança no transporte de materiais perigosos para o meio ambiente é letal para a saúde pública, assim como para todos os outros seres vivos, podendo acabar com espécies animais, tanto marítimas como outras espécies selvagens.

Fontes:

Jornal O Público

http://dossiers.publico.pt/dossier.aspx?idCanal=1097

Vídeo sobre o Prestige no Youtube

http://youtube.com/watch?v=GtToyMQUWwg&feature=related

Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Prestige

360 Graus

http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=8916&action=hist%C3%B3ria

Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u1

"O cidadão jornalista versus jornalista profissional"

O principal intento deste trabalho académico, surge com o intuito de diferenciar e mostrar até que ponto o cidadão jornalista pode ajudar ou complementar os factos noticiosos elaborados pelo jornalismo profissional, assim como mostrar as diferentes barreiras entre o jornalismo profissional/tradicional e o cidadão jornalista/jornalismo elaborado pelo cidadão nos dias em que decorrem.

O surgimento de um progresso jornalístico devido a uma modernização tecnológica, o jornalismo ficará com um panorama completamente diferente ante esta modernização, em que as empresas noticiosas foram obrigadas a mudar as suas estratégias, para conseguir atingir novos objectivos. A Internet vem portanto claramente intensificar o papel do jornalista, e obrigar as empresas multimédia a acelerar o processo de mudança dos próprios jornalistas e do jornalismo genérico. Esta polivalência do jornalista faz desde logo a diferenciação no ramo entre o bom e o mau jornalista.

Este mesmo progresso técnico (Internet) desde logo passou a estar mais perto do cidadão e da sua mesma opinião. Nas situações de guerra, crise, manifestações violentas e atentados os media começaram a “aceitar” o cidadão e os seus relatos e vídeos amadores para comprovar os seus mesmos relatos jornalísticos. O jornalismo do cidadão passa a ser uma ferramenta bastante útil aos media, visto que nem sempre os profissionais de informação conseguem estar nos locais exactos dos acontecimentos.

A banalização do telemóvel na sociedade contemporânea acaba por ser uma mais-valia para as empresas noticiosas, pois o avanço tecnológico faz com que o telemóvel “comum” disponha de um capturador de imagem e/ou vídeo, e sendo esta considerada uma ferramenta diária e útil para o cidadão, o telemóvel, leva a que o citadino sempre que presencie algo insólito recolha imagens ou vídeos desse mesmo momento. A aceitação dessas mesmas recolhas por parte do cidadão vem ajudar muitas das vezes o jornalista a completar as suas noticias, com factos recolhidos pelo citadino. Outro dos factores que veio ajudar ao aparecimento do cidadão enquanto repórter/jornalista, foram os processos de publicação oferecidos pela Internet como, os Blogs e Wikis, que presenteiam ao citadino a possibilidade de relatar tudo o que presenciam, assim como a sua opinião acerca das demais temáticas, o que leva a que o cidadão jornalista possa intervir na sociedade não apenas como complemento ao jornalismo profissional, mas também como jornalista “amador”, em que as suas noticias por norma não respeitam moldes do jornalismo profissional, como por exemplo o lead ou a pirâmide invertida.

O relato na primeira pessoa pelo cidadão, começa a ganhar potencialidade e torna-se útil ao jornalismo profissional, mas também para o seu auto sustento, como por exemplo websites de jornalismo que são totalmente sustentados por jornalistas amadores (cidadãos jornalistas), como é o caso do OhMyNewes e da Wikinews. O cidadão comum passa a fazer parte da equipa jornalista, como suplemento que não capturado pelos profissionais de informação. O exemplo português à pouco tempo criado pela estação de televisão da TVI, o projecto euvi, é um bom exemplo da utilidade do jornalista praticado pelo cidadão para o jornalismo profissional. Este projecto acaba por ser um complemento para as notícias elaboradas por profissionais, mas também acabam por fazer notícia por si só, quando os profissionais de informação nada têm acerca daquele acontecimento, acabando por “legenda-lo”, após confirmação desse mesmo facto.

Segundo estes acontecimentos que vêm mostrar a importância do cidadão comum, não poderei deixar “passar em branco” os factos do 11 de Setembro em que as imagens dos aviões a embater nas torres gémeas captadas por cidadãos foram as mais usadas pelos meios de informação no mundo inteiro, na minha opinião este foi um dos pontos mais altos do cidadão jornalista até hoje, em que acontecimentos como este só vêm confirmar a importância do citadino enquanto jornalista nos dias actuais.

Alguns profissionais de informação criticam o jornalismo elaborado pelo cidadão e outros defendem a sua importância, Steve Yelvington, vice-presidente para os conteúdos e estratégia do grupo norte-americano Morris e Bertrand Pecquerie, director do Fórum Mundial de Editores (a maior organização de responsáveis por jornais diários, representa mais de 18 mil publicações), defendem o cidadão jornalista, considerando-o como um dos elementos mais importantes no jornalismo actual, enquanto complemento ao jornalismo profissional. Para António Granado, o jornalismo cidadão pode vir a trazer vários problemas, “porque corre o risco de transferir a questão para o âmbito corporativo, quando na realidade o que está em jogo é toda uma nova concepção de notícia e a inclusão de novos protagonistas no manejo da informação”.

Para concluir resta-me proferir que, são várias as opiniões acerca desta temática, mas na minha opinião, a realidade é que os “vídeos amadores” continuam a ser utilizados pelos media profissionais, e os cidadãos jornalistas continuam a crescer em número, ao que tudo indica, parece que as novas tecnologias ofereceram ao homem a oportunidade de fazerem Jornalismo Amador e este a agarrou. Defendo portanto o Jornalismo Amador, Cidadão Jornalista, Cidadão Repórter, Jornalismo Colaborativo, Jornalista Participativo, mas meramente enquanto complemento ao Jornalismo Profissional e não como auto sustentação, pois considero que existem factores determinantes para se conseguir elaborar boas noticias, as quais o Cidadão Jornalista poderá não ter as devidas capacidades, devido à existência de regras para filmar, regras de escrita jornalista, em que no caso da sua inexistência, irá existir sempre um ruído na mensagem, neste caso de cidadão para cidadãos. No fundo acabamos por ser todos cidadãos jornalistas, ao relatar-mos nos nossos blogs pessoas, coisas que assistimos, mas os próprios jornalistas profissionais acabam também por ser jornalistas enquanto citadinos, ao escreverem também em blogs, no fundo penso que só o público é que pode decidir como será o Jornalismo no futuro, pois é este mesmo que “filtra” a informação, logo acho que deveria ser este mesmo em caso de decisões, o peso principal para se decidir se o Jornalismo Profissional deve ou não conter Jornalismo do Cidadão ou até mesmo a existência do Cidadão enquanto Jornalista como desacompanhado.

Fontes:

  • Diário de Noticias

http://dn.sapo.pt/2006/06/08/media/cidadao_jornalista_revoluciona_media.html

(consultado desde dia 13 ao dia 29 de Maio)

(consultado no dia 26 de Maio)

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(consultado no dia 29 de Maio)

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(consultado desde dia 13 ao dia 29 de Maio)

(consultado no dia 14)

(consultado desde dia 13 ao dia 29 de Maio)

  • Observatório da Imprensa –

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=275ENO001

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=286ENO002

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